sábado, 31 de janeiro de 2009

Agonia

Penoso definhar
pelas ruas da agonia

Entregamo-nos aos ventos
que nos arrastam

O marasmo vai-se instalando
rude apatia

Seres despidos de cortesias

Enfraquecimento geral
das forças morais

Âmagos amargurados...
agonia anunciada

Estagnação,
abatimento,
extenuamento

Neurónios exaustos…
infértil imaginação

Clausura da inspiração
sobre véus despidos

Coma profundo…
ausência de sinais vitais

Pasmaceira constante...
intolerância que se instala

Sex Machine


Tipos que se pavoneiam com o rótulo

do másculo viril no bar do engate.
Pura ilusão ou demência no salivar
terminam a fracassada noite na boîte.

Procuram o prazer gratuito
nada têm a dar
Não sabem o que é Amar
São mera cor de rancor.

Bailam os corpos sem emoções
soltam-se gemidos de prazer
(inexistente)

Trocam-se beijos fabricados
Carícias despidas de ternura
erecção de nano segundos…

Na satisfação insatisfeita
julgam-se os maiores galãs!
Não ultrapassam a primeira
Suspiram pelas orgias pagãs!

Na léria recebida ostenta
o desprezível machismo
Pura fantasia recebida
naquele mísero snobismo

Galãs sem eira nem beira
semeiam o rasto do nada
Rostos iguais, uma e outra vez
Heróis... por minutos
mão cheia de nada

Incapazes de dar
Deliram

Apregoam aos sete ventos
Sou um génio do Amor
São ignóbeis cata-ventos
Incapazes de dar calor

Profanam-se sentimentos...corpos
saciam-se desejos e prazer
Animal....inconsciente
Na busca.... insaciável

Noite após noite...
ataca o ogre